Manutenção preventiva aconselhada pel’ A Condominial
O que é e porque deve ser realizada
6 de novembro, 2025
A manutenção preventiva nos condomínios consiste num conjunto de ações técnicas e operacionais destinadas a assegurar a conservação, a segurança e a funcionalidade das infraestruturas e dos equipamentos comuns.
Através deste procedimento, é possível serem antecipadas falhas, evitadas avarias inesperadas, assim como prolongar a vida útil dos sistemas e das componentes que fazem parte do edifício. Ao contrário da manutenção corretiva, que ocorre apenas após a deteção de uma anomalia, a manutenção preventiva adota uma abordagem proativa, garantindo o bom desempenho global do condomínio e a otimização dos custos de operação.
Aconselhamos, por isso, a adoção de um programa de manutenção preventiva por proporcionar diversos benefícios, por exemplo, a redução do número de avarias e intervenções de emergência, a otimização dos custos de exploração, a melhoria da eficiência energética, o reforço da segurança dos utilizadores, não obstante a contribuir para a valorização patrimonial do edifício. Além disso, assegura o cumprimento das obrigações legais e regulamentares, sendo um investimento essencial na conservação e durabilidade do património comum.
Para garantir a sua eficácia, este plano de manutenção deve ser elaborado e executado por técnicos qualificados ou por empresas especializadas, com base num inventário detalhado de todos os equipamentos e de todos os sistemas existentes no condomínio. Devem ser definidos os procedimentos de verificação e de intervenção, a periodicidade das inspeções e a forma de registo das operações executadas. A documentação técnica resultante — relatórios e fichas de manutenção — é fundamental para serem rastreadas todas as ações e possa ser comprovado o cumprimento das normas aplicáveis, nomeadamente as previstas no Regime Jurídico da Urbanização e Edificação.
A implementação do plano implica inspeções e intervenções regulares em todos os sistemas técnicos e construtivos, designadamente instalações elétricas, hidráulicas e de saneamento, equipamentos de elevação, sistemas de segurança e combate a incêndios, coberturas, fachadas e sistemas de climatização e ventilação. Cada componente deve ser avaliada de acordo com as recomendações dos fabricantes e segundo as normas legais em vigor, assegurando o bom estado de conservação e o funcionamento seguro de todo o edifício.
Com a chegada das intempéries e das chuvas intensas, torna-se essencial reforçar as ações de manutenção, garantindo que os edifícios estejam devidamente preparados para enfrentar as condições meteorológicas mais adversas. Por entre as intervenções mais importantes — e muitas vezes negligenciadas — destacamos a limpeza anual de telhados, coberturas, caleiras e algerozes.
Durante a primavera e o verão, é comum acumularem-se folhas, poeiras, ninhos de aves e outros resíduos, especialmente em zonas elevadas e de difícil acesso. Sem a devida manutenção, esses detritos podem provocar entupimentos nos sistemas de escoamento, infiltrações e manchas de humidade, acumulação de água em pontos críticos, quebra de telhas ou deslocação de peças, além do aparecimento de fungos e musgos, o que frequentemente resulta em custos acrescidos com reparações que poderiam ser evitadas. Como tal, é fundamental a limpeza das coberturas que deve abranger a remoção de resíduos sólidos, a desobstrução de caleiras, algerozes e tubos de queda, a verificação de danos em telhas ou impermeabilizações, a inspeção de juntas e fixações e a avaliação do estado geral da estrutura.