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Empresas valorizam edifícios “smart” e estão dispostas a pagar mais por soluções sustentáveis e eficientes

Edifícios Inteligentes começam a ser uma aposta

5 de dezembro, 2024
Empresas valorizam edifícios “smart” e estão dispostas a pagar mais por soluções sustentáveis e eficientes
A crescente aplicação de tecnologias avançadas nos edifícios tem vindo a consolidar-se como um fator diferenciador no mercado imobiliário. 
Portugal enfrenta uma elevada taxa de pobreza energética, uma realidade que se agrava quando se verifica que muitos edifícios não cumprem os padrões de eficiência energética. Em Lisboa, cerca de 90% dos edifícios vagos não atingem a classe energética A, conforme revela o estudo "Transforming Properties into Smart Buildings", realizado pela empresa CBRE.

Para combater a pobreza energética e promover a sustentabilidade, a aposta nas tecnologias está a ganhar cada vez mais força. Atualmente, mais de 50% dos ocupantes de imóveis estão dispostos a pagar um valor superior por edifícios inteligentes, que integram tecnologias destinadas a reduzir o impacto ambiental.

Estes edifícios são projetados para otimizar o uso dos recursos, recorrendo a sistemas automatizados que ajustam a climatização e a iluminação consoante a ocupação e as condições ambientais. Este tipo de construção tem sido especialmente valorizado por empresas que procuram espaços mais inovadores e mais sustentáveis. Como resultado, os edifícios inteligentes têm maior facilidade em atrair inquilinos dispostos a pagar rendas mais elevadas e, consequentemente, apresentam uma taxa de desocupação mais baixa quando comparados com edifícios de tipologia convencional.

A transformação dos edifícios em ativos inteligentes é uma tendência crescente no mercado imobiliário. “Trata-se de criar espaços que respondam às novas exigências de sustentabilidade e conforto dos utilizadores, enquanto se reduzem custos operacionais e se melhora a eficiência energética. Para além disso, as tecnologias inteligentes aumentam significativamente a atratividade dos edifícios para potenciais inquilinos, resultando em taxas de ocupação mais elevadas e num retorno de investimento mais rápido”, salienta Duarte Ferreira, Diretor de Assessoria Estratégica da CBRE.

Para além dos benefícios ambientais, os edifícios inteligentes têm vindo a valorizar-se significativamente no mercado, traduzindo-se numa maior procura tanto por inquilinos como por investidores. Este fenómeno reflete uma tendência crescente em direção a um modelo de construção mais sustentável e eficiente, alinhado com as exigências contemporâneas de conforto e responsabilidade ambiental.

Fonte: publico.pt