O lado inteligente da gestão de resíduos nos condomínios
Tecnologia e sustentabilidade num modelo de valorização
16 de outubro, 2025

Crédito da Foto: jornaldobras.com.br
«Condomínios inteligentes» é uma expressão que tem vindo a ganhar crescente notoriedade entre os cidadãos que residem em propriedades horizontais.
À semelhança das «cidades inteligentes» e de diversas iniciativas «smart», surgem agora os condomínios inteligentes.
Já são inúmeros os artigos que abordam o controlo de acessos a edifícios e garagens através de tecnologias inovadoras, como o reconhecimento facial ou a impressão digital.
Paralelamente, a utilização da energia solar — através de painéis fotovoltaicos ou de candeeiros solares —, sistemas de monitorização do consumo elétrico, iluminação automática, sensores de presença e até a irrigação inteligente de jardins começam a tornar-se cada vez mais comuns.
Novas aplicações de gestão permitem reservar espaços comuns, comunicar diretamente com a administração, efetuar pagamentos online de quotas e receber alertas de manutenção, simplificando e organizando a vida e a gestão do condomínio.
Hoje, destacamos um aspeto menos abordado, mas igualmente relevante: a gestão de resíduos.
Neste contexto, destacamos a Eko Bee, uma startup de Curitiba (Brasil) que já revolucionou a rotina de mais de 100 condomínios — impacto em mais de 40 mil pessoas — através de um novo modelo de tratamento de resíduos.
Ao conjugar tecnologia, logística própria, inclusão social e educação ambiental, a empresa assegura que mais de 350 toneladas de resíduos orgânicos recebem um destino adequado todos os meses, enquanto 45 toneladas de materiais recicláveis regressam à cadeia de produção. Alguns condomínios conseguiram mesmo reduzir até 60% do lixo enviado para aterros em apenas um ano.
Segundo a Eko Bee, não se trata apenas de recolher resíduos, mas de atuar com transparência, incentivar a participação dos moradores e promover, efetivamente, a sustentabilidade.
Para além de contribuir para a limpeza, a gestão inteligente de resíduos proporciona eficiência económica, bem-estar coletivo e um impacto ambiental positivo.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) alerta que os resíduos orgânicos representam quase 20% das emissões globais de metano, um gás com um poder de aquecimento até 80 vezes superior ao do CO2.
O impacto social é igualmente significativo. Coletores de lixo informais passam a trabalhar de forma formal, com formação e reconhecimento, enquanto as cooperativas parceiras transformam os materiais recicláveis em fonte de rendimento.
Fonte: jornaldobras.com.br